quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Grande oferta de imóveis leva à flexibilização da negociação e envolve descontos

Grande oferta de imóveis leva à flexibilização da negociação e envolve descontos

Os últimos quatro anos foram muito difíceis para a economia brasileira, de maneira geral, tendo afetado diversos setores. Não seria diferente com o mercado imobiliário. O imóvel é um bem de alto valor e, com as altas taxas de desemprego, informalidade, salários achatados e financiamento escasso, muita gente decidiu postergar ao máximo a decisão de comprar a casa própria.
A situação atual é bem diferente da vivida até o início desta década, quando as incorporadoras lançavam empreendimentos residenciais de alto padrão e conseguiam vender as unidades rapidamente.
Há seis anos, quase metade dos imóveis era comercializados por meio de crédito imobiliário concedido pelos bancos. Mas a oferta de financiamento foi expressivamente reduzida, impactando também o mercado de imóveis usados, que viveu anos de forte valorização. A realidade mudou.
Em 2018, tivemos sinais claros de melhora na economia, com crescimento do PIB, inflação sob controle, juros baixos e abertura de milhares de postos de trabalho. Para este ano a perspectiva é ainda mais animadora, conforme apontam diversos analistas e especialistas.
O setor imobiliário também emite sinais gradativos de retomada, preparando-se para atender à demanda, com incremento do número de incorporações nas grandes cidades, especialmente de empreendimentos de menor metragem, de um a dois dormitórios.
No mercado secundário, isto é, de imóveis usados, também temos percebido sintomas de recuperação, que, esperamos, aprofunde-se conforme o País for saindo da crise em que ainda se encontra. Aos proprietários que desejam vender seus imóveis, a palavra de ordem é flexibilização. No ano passado, 100% das unidades residenciais vendidas com intermediação de nossa equipe tiveram descontos em relação ao valor originalmente solicitado.
Há ampla oferta de casas e apartamentos no mercado e, justamente por isso, os interessados em comprar imóveis possuem maior poder de barganha do que antigamente. Por vezes, em um mesmo condomínio há duas, três ou mais unidades aguardando um comprador. Quem tiver a melhor proposta e o imóvel em melhor estado de conservação leva.
Aceitar uma contraproposta pode ser melhor negócio do que manter o imóvel fechado por muito tempo, tendo de arcar com despesas de IPTU, condomínio e manutenção da unidade. Também recomenda-se avaliar propostas de permuta, com a entrega de um imóvel de menor valor como parte do pagamento.
Para quem deseja comprar imóvel, este é um momento bastante oportuno, e basicamente pelos mesmos motivos: diversidade de oferta e maior flexibilidade por parte dos proprietários na negociação de valores e em relação às condições de pagamento.
A aquisição de um imóvel como alternativa de investimento também se tornou atrativa, uma vez que é possível obter bons descontos, especialmente na compra à vista, visando a uma complementação de renda com o aluguel mensal e, futuramente, a realização de lucro imobiliário com a venda do imóvel valorizado.
Seja na compra da casa própria, seja na realização de um investimento imobiliário, é fundamental fazer uma ampla pesquisa para buscar a melhor oportunidade. Aos poucos, o setor imobiliário vai retomando seus bons caminhos, na carona de um novo ciclo econômico positivo que se vislumbra para o Brasil e os brasileiros.
Igor Freire é diretor de vendas da Lello Imóveis

O Estado de S. Paulo , 22/01/2019

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Crédito imobiliário aquece e movimenta mercado

Crédito imobiliário aquece e movimenta mercado

Após anos desafiadores, a expectativa é que o mercado imobiliário entre em uma fase de retomada, a partir desse ano. O período de incertezas eleitorais ficou para trás, assim como as projeções mostram que a taxa de juros deve seguir em patamares mais baixos e inflação sob controle, favorecendo a tomada de crédito que movimenta o setor. Para este ano, a previsão é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%, segundo boletim recente Focus, promovida pelo Banco Central.

O crédito imobiliário volta a aquecer e movimentar o mercado. Com isso, volta a atenção do mercado financeiro para oferecer mais linhas de crédito e, em especial, a procura do investidor em tomar o crédito imobiliário.

No ano passado o mercado imobiliário já apresentou alguns sinais positivos, ainda que sobre uma base deprimida. Na cidade de São Paulo, por exemplo, um importante termômetro do setor, as vendas de imóveis residenciais cresceram 41,2%, de janeiro a outubro, em comparação com o mesmo período de 2017, de acordo com o Secovi-SP. Nesse mesmo período, houve um avanço de 25,8% nos lançamentos de unidades residenciais na capital paulista, conforme a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Segundo o levantamento de uma das maiores consultorias do setor imobiliário, as taxas de vacância em edifícios comerciais e corporativos vem diminuindo, gradativamente. De 2016, quando a taxa média de vacância destes tipos de imóveis atingiu seu ápice, até o final de 2018, a queda foi de 8 pontos percentuais.

Nos últimos anos, em função dos poucos lançamentos nos segmentos residencial e corporativo, em função da crise, os estoques foram diminuindo. Assim, de acordo com especialistas, com as perspectivas mais otimistas para a economia, novos projetos devem sair do papel e os preços do metro quadrado podem até começar a subir em algumas localidades.

Segundo o levantamento anual do Credit Suisse, que mensura a distribuição da alocação de ativos dos investidores em diversos países, mostra que entre os investidores brasileiros, os imóveis representam a maior fatia, em média, 59% do patrimônio total, ante 41% em ativos financeiros. O relatório do banco destaca que os brasileiros mantêm uma ligação especial com bens imobiliários.

fonte: ADEMI 

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