terça-feira, 28 de agosto de 2018

Caixa reduz juros do crédito imobiliário e eleva cota de financiamento

Caixa reduz juros do crédito imobiliário e eleva cota de financiamento

Publicado em 27/08/2018 , por Luana Pavani
A taxa mínima no banco público vai para 8,75% ao ano para imóveis no SFH e 9,5% no SFI; limite de financiamento de imóveis usados subiu de 70% para 80%
Caixa anunciou nesta sexta-feira, 24, a redução na taxa de juros do crédito imobiliário e o aumento da cota para financiamento de financiamento de imóvel usado. Os juros caem até 0,5 ponto porcentualpara operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Já a taxa mínima vai de 9% ao ano para 8,75% para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH, para imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo país, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, com limite é de R$ 950 mil).
Para os imóveis residenciais acima dos limites do SFH, portanto enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), a taxa mínima caiu de 10% para 9,5% ao ano. Além disso, o financiamento de imóveis usados teve o limite de cota elevado de 70% para 80%.
Em nota, o presidente da Caixa Nelson Antônio de Souza afirma que o corte nas taxas de juros facilita o acesso à casa própria e contribui para a retomada de investimentos no setor de construção civil. "Cabe à Caixa como principal agente financeiro da habitação continuar oferecendo as melhores taxas e condições para os nossos clientes, além de colaborar com a retomada de investimentos do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas", afirma.
Neste ano, a Caixa possui R$ 82,1 bilhões disponíveis para o crédito habitacional. Ainda de acordo com o comunicado, o banco mantém a liderança no setor com 69,3% das operações para aquisição da casa própria.
Fonte: Estadão - 24/08/2018

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Mercado imobiliário reage em 2018, mas como será até o fim do ano?

Mercado imobiliário reage em 2018, mas como será até o fim do ano?

Publicado em 20/08/2018 , por Regina Pitoscia
Com recuperação nas vendas no primeiro semestre deste ano e perspectiva de redução nos lançamentos, os preços dos imóveis tendem a subir, no médio prazo. E no meio do caminho, há as turbulências com as eleições, que podem trazer alguma retração ao mercado imobiliário.
Pesquisa do Sindicato da Habitação, Secovi – SP, confirmando previsões de especialistas do setor, mostrou um aumento de 52% no número das unidades comercializadas de janeiro a junho de 2018, na cidade de São Paulo, em comparação ao mesmo período do ano passado. Nesses seis meses, foram negociadas 12 mil residências, contra 7.888 vendas registradas no primeiro semestre de 2017. Esse é também o melhor resultado desde 2013, início da crise econômica que atingiu o País.
Esse total de transações ratifica a recuperação desse segmento, porque retoma o mesmo nível dos anos de 2011 e 2012, quando o mercado estava mais aquecido, e se aproxima da média histórica de 12,4 mil, calculada de 2004 a 2018, pelo Secovi.
Imóveis mais compactos
Interessante notar que a reação foi puxada pelos imóveis menores, mais compactos, de 2 dormitórios, com até 45 m², e no valor de até R$ 240 mil.
Na opinião de Angélica Quintela, responsável pelo Marketing do Imovelweb, um dos maiores portais do mercado de imóveis, “o consumidor hoje se sente um pouco mais confiante no emprego, tem acesso mais facilitado ao financiamento, como ao Minha Casa, Minha Vida, as taxas de juros estão mais baixas no crédito imobiliário”.
Ela confirma essa tendência de aumento da procura por imóveis na faixa econômica, em nível nacional, tanto para a compra como para o aluguel. Sua constatação vem de pesquisas feitas a partir de 3,6 milhões de ofertas que há no portal do Imovelweb. Das locações fechadas, atualmente, 77% são com imóveis de 1 e 2 dormitórios, pelos levantamentos do portal.
Durante o auge da recessão, a procura por imóveis era em sua grande maioria para a locação e hoje está praticamente empatada com as operações de compra, espelhando o ânimo e maior segurança do consumidor para se amarrar a um financiamento de prazo mais longo. “A classe média que sofreu bastante com a crise está retornando ao mercado na busca de apartamentos menores, com custo mais baixo, mas na localização desejada”, explica a especialista.
O coordenador da Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP, professor Roy Martelanc, afirma que os dados podem ser considerados como indicador de recuperação econômica. “O medo já não é tão grande de perder o emprego e a renda, e os juros também caíram”, diz ele. Em sua análise, a reação teve início no setor de imóveis de valor mais baixo, porque é o primeiro a reagir e com mais intensidade, tanto com alta nos momentos de aquecimento, como com queda nos períodos de fraqueza do mercado.
Para o segundo semestre, no entanto, as indefinições com as eleições podem deixar o comprador um pouco mais retraído, acredita o professor. Seja como for, “essa é uma boa hora de comprar imóveis”, constata. Condição que, para ele, deve prevalecer até logo após as eleições, porque até lá os preços não devem cair abaixo dos níveis atuais. Ao contrário, a partir da definição de quem vai governar o País, a reação do mercado tende a ser mais acentuada.
Já Quintela acredita que as medidas anunciadas recentemente pelo Conselho Monetário Nacional, elevando o valor máximo para R$ 1,5 milhão para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação, com a possibilidade de usar os recursos do Fundo de Garantia para pagamento, devem manter mais aquecido esse movimento do mercado.
Ainda que o novo teto de valor dos imóveis entre em vigor apenas em janeiro do ano que vem, ela afirma que já é possível identificar o interesse do comprador por imóveis que estejam dentro dessa faixa de preço. “Uma operação de compra pode levar tempo para ser concluída e durar de um a um ano e meio, mas já tem gente pesquisando as oportunidades, contando com esse novo tipo de financiamento”.
Elevação de preços
A reação do mercado nesse ano, com aumento da procura, combinada com a redução nos lançamentos, com queda na oferta, permite apostar em uma elevação dos preços.
Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), foram lançadas 8.068 unidades residenciais no primeiro semestre deste ano na cidade de São Paulo, correspondendo a um crescimento de 4% em relação ao primeiro semestre de 2017, quando os lançamentos totalizaram 7.769 unidades residenciais.
Embora tenha superado o do ano passado, o número de lançamentos ficou 24% abaixo da média histórica de 10,7 mil unidades lançadas, que vem sendo registrada entre 2004 até este ano.
A partir de consultas com as incorporadoras da Capital, o presidente do Secovi-SP, Flávio Amary, afirma que deve haver uma redução entre 8% e 10% no volume de lançamentos, resultando em aproximadamente 28 mil unidades lançadas no ano. Quanto às vendas, a expectativa é de crescimento entre 10% e 17%, chegando a algo em torno de 25 mil a 27 mil unidades comercializadas.
Para o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi, Emilio Kallas, “a recorrente redução na oferta, combinada com a dificuldade de viabilização econômica de novos empreendimentos, por conta dos custos da outorga onerosa e do baixo coeficiente de aproveitamento do terreno, causará, a médio prazo, o aumento dos preços dos imóveis”. Hoje, argumenta ele, “os preços estão estabilizados em virtude da maior recessão atravessada pelo setor”.
Fonte: Estadão - 17/08/2018

Veja as opções para comprar imóvel sem a linha pró-cotista da Caixa

Veja as opções para comprar imóvel sem a linha pró-cotista da Caixa

Publicado em 20/08/2018 , por EDDA RIBEIRO
Com falta de recursos do FGTS para financiar unidades usadas, alternativas são encontradas no SFH
Rio - Após o anúncio do fim dos recursos para financiamento imobiliário pela linha pró-cotista da Caixa Econômica Federal - voltada a unidades usadas -, quem quiser realizar o sonho da casa própria terá que optar por modalidades com taxas e condições diferentes. Especialistas indicam que as alternativas são as linhas que usam o próprio FGTS - só que para imóveis novos -, e outras possibilidades com juros mais baixos, como no Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
No dia 5 e agosto, a Caixa suspendeu a modalidade pró-cotista para aquisição de imóveis usados, uma das mais em conta do mercado. Agora, segundo o banco só resta recursos para financiar unidades novas, que é destinada a quem trabalhou pelo menos três anos com conta ativa no FGTS, não é proprietário de imóvel no município que pretende morar e não possui financiamento no SFH.
A taxa de juros para essa modalidade é de 7,85% a 9,01% ao ano, e a casa ou apartamento deve custar até R$ 950 mil no Rio. O limite mínimo para financiamento é de R$ 5 mil.
No Banco do Brasil, onde a negociação é feita na agência ou via aplicativo App BB, as taxas para imóveis populares são fixadas em 5,11% mais Taxa Referencial (TR), operando em linhas em que o uso do FGTS é permitido. Neste caso, com imóveis que devem valer até R$240 mil no Rio de Janeiro, pagos em até 360 meses. No BB, a pró-cotista para imóveis usados também não está operando.
No primeiro trimestre de 2018, duas mil pessoas financiaram por meio desta modalidade, segundo a instituição. Para quem pode optar pela aquisição de imóvel novo, o crédito tem taxa anual a partir de 9% mais TR, com prazo máximo de 360 meses.
CARTA DE CRÉDITO
Uma modalidade da Caixa que tem taxas mais baixas é a Carta de Crédito FGTS, para imóveis novos e usados, construção em terreno próprio, obras ou melhoria e reforma de imóvel. É destinada a pessoas com renda bruta familiar de até R$ 9 mil. As condições giram em torno de propriedade de outros imóveis, com taxas de juros que variam de 5,11% a 8,47% ao ano, e até 360 meses de prazo para quitar.
Para verificar qual linha é mais satisfatória, é possível fazer uma simulação no site www.caixa.gov.br, clicando em Produtos, e em seguida, Habitação. Ao escolher a categoria do imóvel, o cliente pode sinalizar o valor total, e quanto está disposto a pagar de entrada (a Caixa exige o mínimo de 30%).
O Programa Minha Casa Minha Vida tem as menores taxas do mercado, e cumpre função para quem é tem renda familiar de até R$ 7 mil na Caixa e de R$ 9 mil no Banco do Brasil. A taxa de juros no BB é partir de 5,5% ao ano, passível de redução de 0,5% para trabalhadores que possuem conta no FGTS há pelo menos três anos. Para comprovar, é necessária a Carteira de Trabalho, além dos documentos listados no site www.bb.com.br, clicando em Produtos e Serviços. Na Caixa, as taxas, subsídios e prazos são definidos a partir da renda específica da família.
Para Alexandre Prado, da consultoria Núcleo Expansão, a suspensão da linha pró-cotista para usados afeta diretamente o mercado imobiliário: "A primeira dificuldade é na diferença de juros, chegando a 12% ao ano em outras modalidades, ficando mais caro no valor final. Além disso, impacta na renda de quem quer fazer o financiamento, pois vai precisar pagar uma parcela maior", explica.
Bancos privados têm linhas de crédito
Além dos bancos estatais, há opções em instituições privadas. No Santander, por exemplo, as taxas pelo Sistema Financeiro de Habitação de 9,49% mais TR para aquisição de imóveis a partir de R$ 90 mil. O cliente deve ter uma renda mínima de R$ 2,5 mil, e o financiamento será de pelo menos R$ 60 mil, sendo permitido usar o FGTS. Em breve, o banco deve operar também na linha pró-cotista.
No Itaú, as taxas são a partir de 8,8% ao ano mais TR, com valor de financiamento a partir de R$ 80 mil, tanto para novos como usados. No Bradesco, os juros são de 8,95% ao ano além da TR, com parcelas a partir de R$ 200 e uso do FGTS.
Outra modalidade possível é pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), geralmente usado para unidades de maior valor, acima do previsto no SFH. Nela, o Itaú opera com 9% ao ano mais TR; a Caixa com 10% a 11,25% e 9,49% ao ano, além de TR no Santander.
"A melhor linha é o pró-cotista, depois o SFH e por último o SFI. Isso se deve pelo fato dos dois primeiros estarem sob controle do governo. O terceiro é uma prerrogativa dos bancos", explica Alexandre Prado. No caso da SFH, a renda é determinante, e isso tem impacto para pessoas com renda menor: "Se o proponente ganha, por exemplo, R$ 1 mil, o banco entenderá que tem capacidade de pagar parcela mensal de R$ 300. Quando a simulação com o banco é feita, e a pessoa tem renda menor, a capacidade de financiamento diminui", afirma Prado.
O especialista orienta fazer mais de uma simulação para ver as melhores condições de financiamento, de acordo com cada modalidade de crédito. É possível simular online e nas próprias agências, e no caso das linhas em que a renda é considerada, o banco costuma exigir variação de 25% a 30% de comprometimento.
MAIS FACILIDADES
ESTÍMULO
Thiago Neves, advogado da área imobiliária, acredita que, a intenção de estimular o mercado, a tendência é que as instituições bancárias deem mais facilidades no financiamento de imóveis novos: "Assim se estimulam as construções e também permite que a pessoa adquira um imóvel novo. Por certo, em alguns casos os imóveis novos podem ser até mais caros, mas compensa-se com linhas de crédito mais "baratas", ou seja, com juros e demais taxas mais baixas. Por isso que comumente as linhas de crédito para a compra de imóveis novos são mais amplas", explica.
LONGO PRAZO
A designer Renata Carvalho, 35 anos, financiou um imóvel usado pela Caixa Econômica Federal há pouco mais de um ano, e usou recursos do FGTS, com pagamento em até 360 meses. Para ela, a principal dificuldade foi a questão do longo prazo: "Os proprietários não querem esperar. Eu tive que negociar com a antiga proprietária pois ela queria desistir diante do prazo", afirmou Renata.
JUROS MAIS BAIXOS
No caso de Renata, a escolha do banco e da modalidade foram justamente os juros mais baixos: "Fiz porque tinha uma boa quantia no FGTS e o os juros estavam baixos, a 8% ao ano", contou.
FINANCIAMENTOS
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), de janeiro a junho de 2018 foram financiadas 98.844 unidades, entre imóveis e construções.
Fonte: economia.ig - 19/08/2018

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Crédito imobiliário: juro Crédito imobiliário: juro cai para pessoas físicas

Crédito imobiliário: juro Crédito imobiliário: juro cai para pessoas físicas

Diário do Nordeste, Bruno Cabral, 09/ago

Com a queda da taxa básica de juros (Selic) desde 2016, as taxas de juros para financiamentos imobiliários oferecidos pelos bancos passaram a ser mais atrativas para o consumidor. Em agosto daquele ano, as taxas para pessoa física variavam de 7,44% a 11,31% ao ano. Hoje, as taxas reguladas variam de 7,06%, na Caixa Econômica Federal, até 9,55%, no Itaú Unibanco, segundo dados do Banco Central referentes a junho.

No entanto, apesar dessa redução, as exigências das instituições financeiras para concessão do crédito imobiliário e condições de financiamento ainda deixam a desejar e, em muitos casos, acabam travando as vendas. Segundo o vice-presidente da área imobiliária do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE), José Carlos Gama, os efeitos da queda dos juros ainda não é sentido pelo setor imobiliário local. Ele acredita que uma flexibilização na análise de crédito teria um impacto positivo ainda maior do que a redução do custo do financiamento.

Gama diz que, de modo geral, a avaliação de renda que os bancos fazem hoje acaba inviabilizando a compra de imóveis por pessoas que têm outros tipos de renda além daquela comprovada na carteira de trabalho, por exemplo. "A análise de crédito feita pelos bancos ainda restringe muito, porque ela analisa apenas a renda formal. Então, a proposta que a gente tem feito é que o banco pudesse avaliar também a renda informal. Vários compradores que compram o imóvel no lançamento acaba sendo obrigado a fazer uma poupança durante o prazo de construção para dar a entrada e o banco poderia avaliar esse histórico.

Para imóveis de até R$ 950 mil, o Bradesco oferece taxas de 8,95% ao ano e para imóveis de R$ 950 mil até R$ 5 milhões, a taxa anual é de 9,45% ao ano. Para ambas as faixas, o banco financia até 80% do imóvel em até 30 anos, com parcelas a partir de R$ 200.

Já o Itaú financia 82% de imóveis residenciais a partir de R$ 134 mil, sem limite máximo, para financiamento com valor mínimo de R$ 100 mil. Quanto a renda exigida, a instituição permite que pessoas casadas ou que convivem em união estável possam compor a renda com o cônjuge. E, caso o cliente seja solteiro, ele poderá somar a renda com a de qualquer outra pessoa, desde que ela também não seja casada ou conviva em união estável. A prestação e o saldo devedor são reajustados mensalmente pelo índice de atualização da caderneta de poupança, atualmente, a Taxa Referencial (TR).

A linha de crédito Banco do Brasil também financia até 80% do imóvel residencial (novo ou usado) em até 420 meses. Para imóveis enquadrados nas normas do sistema Financeiro da Habitação (SFH), conforme as regras do Manual do FGTS, é possível utilizar seu FGTS na entrada, amortização e liquidação do crédito imobiliário. Além disso, o Banco do Brasil permite o financiamento de despesas da compra do seu imóvel, como ITBI, custos de cartório e tarifas de avaliação, com os mesmos prazos e taxas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Santander entra em nova linha de financiamento imobiliário; Bradesco começa em 2019

Santander entra em nova linha de financiamento imobiliário; Bradesco começa em 2019

Publicado em 02/08/2018
Linha Pró-Cotista é o financiamento imobiliário mais barato do mercado
O banco Santander começou discretamente a oferecer empréstimos para compra da casa própria por meio da linha Pró-Cotista, que usa recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), segundo documentos obtidos pela Reuters.
Atualmente, a Pró-Cotista, financiamento imobiliário mais barato do mercado, é operada apenas por Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O Bradesco informou que começará a operar a linha Pró-Cotista a partir de janeiro de 2019.
Na prática, todos podem operar com essa linha, mas os bancos privados nunca se interessaram por ela.
Mesmo sendo o primeiro banco privado a entrar no setor, o Santander Brasil não considera fazer divulgação ampla do produto.
Além de os recursos do FGTS serem mais escassos do que os da caderneta de poupança, o próprio banco captou menos de R$ 60 milhões, o que lhe permite uma atuação bastante limitada. Por isso, neste primeiro momento só serão elegíveis para financiamento pela Pró-Cotista imóveis de empreendimentos que já são financiados pelo próprio Santander Brasil.
Em material enviado aos agentes de mercado, o Santander Brasil define como pré-condições para concessão de recursos o prazo máximo de 30 anos para o financiamento.
A linha não financia despesas com cartório e com o ITBI, taxa da prefeitura. O produto tem taxa de 8,4% ao ano, mais atualização pela TR (Taxa de Referência).
A linha Pró-Cotista do Santander Brasil também será restrita a empreendimentos cujas matrículas dos imóveis sejam individualizadas. Segundo o informe, o prazo máximo de aprovação da proposta de financiamento é de 30 dias.
Nesta terça-feira (31), o CVM (Conselho Monetário Nacional) adotou uma série de medidas para flexibilizar a atuação dos bancos no financiamento imobiliário, inclusive a elevação do teto do valor de imóveis que podem ser financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de R$ 900 mil para R$ 1,5 milhão.
Consultado pela Reuters, o Santander Brasil não respondeu sobre a entrada na operação da linha Pró-Cotista.
Procurado, o Itaú Unibanco afirmou que não atua na linha Pró-Cotista e não tem previsão de atuar.
Fonte: Folha Online - 01/08/2018