terça-feira, 22 de agosto de 2017

BANCOS REDUZEM JUROS DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO E ACIRRAM CONCORRÊNCIA COM A CAIXA




Com os sucessivos cortes na taxa básica de juros (Selic), o juro para o crédito imobiliário nas linhas mais procuradas está em queda no país. Em muitos bancos, as taxas anuais já recuaram para o patamar de um dígito. Segundo dados do Banco Central, a taxa média para financiamento da casa própria para pessoas físicas caiu 2 pontos percentuais em 1 ano, passando de 11,2% em junho de 2016 para 9,2% em junho deste ano. E, segundo analistas, a tendência continua de queda. (Excerto de texto do G1)

Comparativo de juros para financiamento imobiliário

Banco SFH SFI pró-cotista
Caixa a partir de 10,25% ao ano + TR a partir de 11,25% ao ano + TR esgotada
Banco do Brasil a partir de 9,74% ao ano + TR a partir de 10,65% ao ano + TR 9% ao ano + TR
Itaú Unibanco a partir de 9,3% ao ano + TR a partir de 9,9% ao ano + TR não opera
Bradesco a partir de 9,5% ao ano + TR a partir de 9,5% ao ano + TR não opera
Santander a partir de 9,49% ao ano + TR a partir de 9,99% ao ano + TR não opera
Fonte: Bancos


Postado por Marcos Mascarenhas
Blog O gestor Imobiliario

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O momento é para comprar na planta, usado ou alugar?

O momento é para comprar na planta, usado ou alugar?

Publicado em 21/08/2017 , por Bianca Soares
Veja as vantagens e desvantagens de adquirir um imóvel usado, novo ou na planta ou até mesmo avaliar o adiamento do negócio

Há cerca de um ano, a arquiteta Fabiana Rocha, de 42 anos, decidiu trocar a cobertura em que vivia no Jardim Aeroporto por um espaço maior. Alugar não era uma opção, comprar na planta tampouco. Segundo ela, decorar um imóvel zerado aumentaria em 20% o preço da aquisição, investimento que foi poupado com a escolha de um apartamento usado.

No entanto, com a taxa de juros em um dígito e com previsão de fechar 2017 em 7,5% ao ano, o financiamento não se torna mais atrativo? A resposta, segundo especialistas, é depende.
O crédito imobiliário de fato tende a cair, mas esse tipo de operação deve considerar o risco inerente à compra de algo que ainda não existe, alerta o planejador financeiro Jaques Cohen. “A obra pode atrasar, ser embargada e, na pior das hipóteses, nem ser entregue.”
Ele lembra que as incorporadoras estão enfrentando um alto número de “distratos” – cerca de 50% dos lançamentos de médio e alto padrão foram devolvidos nos últimos 12 meses – pode comprometer a capacidade de entrega das empresas. A projeção de quanto sairão, ao final, as prestações exigidas pelo fluxo de caixa (o que se paga antes da entrega das chaves) é outro ponto que costuma ser ignorado, diz Cohen.
As parcelas são corrigidas mensalmente pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que pode alterar substancialmente o montante final. Foi o que aconteceu com o químico Diego Clemente, de 31 anos, e sua noiva, a analista de sistemas Bárbara Mariza, de 25. O casal assinou o contrato para adquirir na planta um apartamento de 70 m² em Cotia, na Grande São Paulo, há três anos. Na época, o imóvel sairia por R$ 322 mil. A poucos meses do final da obra, o valor já estava estimado em R$ 390 mil.
Eles foram ao stand de vendas do empreendimento, que está com 50% de estoque, dizem, e simularam uma aquisição. Se comprassem hoje uma unidade idêntica, teriam de desembolsar R$ 318 mil. “Eu me senti lesada e exigimos o mesmo desconto”, conta Bárbara.
A empresa se negou, mas após ameaça de distrato por parte dos compradores, concordou em abaixar para R$ 322 mil o preço final. “Acho que se fosse fechar um negócio agora, daria preferência para um imóvel pronto ou usado, porque na planta sempre há surpresas. Internamente, está bem fiel ao que vimos na perspectiva, mas as áreas comuns e os acabamentos estão aquém”, afirma Diego.

Além de poder avaliar o imóvel já finalizado, quem opta pelo usado tem margem de negociação maior. “A crise econômica colocou os vendedores numa situação menos confortável”, afirma o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fábio Gallo.
Diretor de vendas da Imobiliária Lello, Igor Freire diz que os proprietários estão mais flexíveis. “Estão falando sim até para permutas com imóveis menores ou carros como entrada.” Gallo alerta, porém, para os inconvenientes de imóveis antigos, como a necessidade de reformas. Mais: estar atento à documentação da propriedade e sondar se o condomínio precisa de reparos é fundamental.
Aluguel. Se a ideia é comprar um imóvel, mas a mudança não precisa ser imediata, o conselho do professor de Gestão Financeira da PUC-SP Paulo Romaro é esperar. “Assumir uma dívida de longo prazo em meio à crise, com risco de desemprego, pode ser imprudente.” Neste caso, ele diz que o aluguel deve ser considerado.
Cohen aponta, ainda, outra possibilidade: aplicar em papéis do Tesouro a diferença entre o que iria para o financiamento e o valor pago no aluguel. Ao final do período de investimento, a pessoa terá uma boa entrada e um colchão que diminuirá o sufoco gerado por parcelas maiores, como as anuais.
Mas se o comprador estiver com as finanças estáveis, os lançamentos estocados são mais vantajosos.
“Não há os riscos de construção e a taxa de condomínio já tende a estar fixada. A oportunidade é excelente”, avalia Gallo.
A psicóloga Marisa Provetti, de 59 anos, e o marido Elcio Inhe, administrador de 65 anos, conseguiram R$ 200 mil de desconto na compra à vista de uma unidade em estoque. Eles utilizaram suas reservas para fazer o negócio. O apartamento de 150 m², na Vila Mascote, zona sul, saiu por R$ 1,2 milhão.
“Se tivéssemos precisado vender o imóvel onde morávamos para adquirir este, o negócio não seria tão bom, o mercado está desvalorizado, certamente teríamos perdido dinheiro”, afirma Inhe.
O casal tenta há três meses alugar o imóvel anterior, mas não recebeu nenhuma proposta. “Estamos dos dois lados”, diz Marisa. “Conseguimos um preço ótimo pelo novo. Agora, como proprietários, não temos uma solução para o antigo.”
Fonte: Estadão - 20/08/2017

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Crise abre oportunidade para negociar desconto no aluguel

Crise abre oportunidade para negociar desconto no aluguel

Publicado em 09/08/2017 , por LEDA ANTUNES
Quem está à procura de uma casa ou apartamento para alugar possui grandes chances de fechar um contrato mais vantajoso. A crise econômica tem tornado cada vez maior o volume de imóveis vagos, criando oportunidades para negociações entre inquilinos e proprietários.
Descontos no aluguel, flexibilização em relação ao fiador ou parcelamento do seguro-fiança, reformas e outros pontos estão sendo mais negociados, explica Lucas Vargas, diretor do site imobiliário VivaReal.
O desconto médio oferecido para o aluguel na capital em maio foi de 10,5% sobre o preço anunciado, segundo dados do Creci-SP (conselho de corretores). No mês de abril, o desconto médio foi de 9,8%. "O mercado tem muita oferta de imóveis, é um momento bacana para o inquilino, que tem mais opções e pode conseguir condições melhores", explica a diretora de locação da imobiliária Lello, Roseli Hernandes.
Depois de procurar durante um ano, a gerente de investimentos Andresa Moreira, 34 anos, encontrou, no final de junho, o apartamento do jeito que ela queria.
O negócio, porém, só foi concluído após um acordo vantajoso. O dono pedia R$ 1.350 pelo aluguel do imóvel de dois quartos na Vila Prudente, zona leste da capital, mas aceitou a proposta de Andresa e fechou o valor em R$ 1.000. O desconto, nesse caso, foi de aproximadamente 26%.
"Já tinha feito proposta para dois proprietários de apartamentos, mas eles não aceitaram. Então, não fechei negócio", comenta Andresa. "Esse topou de primeira."
Ela afirma que calculou quanto poderia pagar, considerando os gastos com o condomínio e IPTU, e propôs um valor um pouco inferior. "Consegui um desconto maior do que esperava. Estou muito satisfeita."
BARGANHA
Na hora de barganhar um desconto, os cálculos são de extrema importância. É preciso avaliar qual é o desconto necessário para que todos os gastos com o imóvel caibam no orçamento.
Além disso, o consumidor deve buscar informações sobre o preço do aluguel cobrado no prédio e na região.
"Os proprietários estão mais flexíveis, mas não adianta propor algo que seja muito abaixo do mercado. Se a proposta não for razoável, o negócio não vai ser fechado", afirma Roseli.
REFORMA PODE ENTRAR NO ACORDO
Se encontrou o imóvel perfeito, mas ele precisa de algum reparo, o consumidor pode avaliar se vale a pena pagar pelo serviço em troca de alguma vantagem.
Vale pedir um ou mais meses de aluguel gratuito ou o abono de alguns dias, que devem corresponder mais ou menos ao valor da reforma que terá que ser feita. "Para o proprietário, esse tipo de acordo é vantajoso", explica Roseli Hernandes, da imobiliária Lello. Além de ocupar o imóvel que estava vazio, o dono ganha com a manutenção do seu bem.
Esse tipo de acordo é mais comum em imóveis antigos, explica a especialista. Geralmente,o inquilino se dispõe a fazer algum reparo se o apartamento oferece benefícios como localização próxima ao trabalho ou acesso a
transporte público.

Hora de negociar       
Com a crise e a maior oferta de imóveis para alugar, mais proprietários estão aceitando negociar descontos       
O momento é bom para quem está atrás de um imóvel: além de mais opções, está mais fácil conseguir um preço melhor
Descontos     
Entre abril e maio, o percentual de descontos oferecidos no aluguel aumentou na maioria dos bairros da cidade      
Veja quanto o inquilino economizou, segundo dados do Creci-SP (conselho de corretores), conforme preços anunciados
Confira dicas de como se dar bem
Para garantir um bom negócio, o locatário deve estar bem informado.
1 - Faça a conta de quanto irá gastar, considerando aluguel, condomínio e IPTU       
Com o valor na ponta do lápis, você saberá de quanto desconto precisa para que as contas caibam no seu orçamento
2 - Pesquise qual é o preço do aluguel de outros apartamentos no mesmo prédio e se há muitas unidades disponíveis
Se a oferta for grande, será mais fácil negociar um preço melhor
Descubra há quanto tempo o dono está tentando alugar o apartamento
3 - Procure informações sobre o preço do metro quadrado na região
Não adianta pedir um desconto que jamais será aceito pelo proprietário por estar muito abaixo do mercado
4 - Se o imóvel é perfeito para você, mas precisa de alguma reforma, considere se vale a pena pagar pelo serviço em troca de alguma vantagem
Nessa hora, vale pedir um mês de aluguel grátis ou o abono de alguns para que você faça a obra
Tenha certeza de que serviço não vai sair mais caro do que o desconto dado pelo dono do imóvel
Fontes: Creci-SP (Conselho Regional de Fiscalização dos Corretores de Imóveis de SP), Roseli Hernandes, diretora de locação da imobiliária Lello, Zap Imóveis e portal VivaReal
Fonte: Folha Online - 08/08/2017